quarta-feira, outubro 11, 2006

A pérola do oriente






Chegado a Singapura, uma cosmopolita ilha a sul da Malásia, vou ao encontro de Filipe Lencastre, que aí habita há alguns meses e me acolherá. As minhas expectativas não foram defraudadas, pois o jovem rapaz, fazendo jus a quem é, irmão de Lord Bernardo Lencastre, vive no centro da ilha/país/cidade num pequeno e luxuoso apartamento, que me serviu de aposento por três noites.
Esses dias foram passados em constante actividade, quer tenha sido a passear nas suas imaculadas ruas, a fazer compras, ou nos seus "trendy" bares e restaurantes.
Nos frequentes passeios pela cidade, as tradições britânicas eram constantemente encontradas, fazendo esquecer que me encontrava no pobre sudeste asiático. Até em China Town existia uma organização que nada tem a ver com a genuína China.
Se algo me marcou, durante o dia, nesta visita, foi a anormalidade de ninguêm atravessar as ruas fora das passadeiras (consta que existe uma avultada coima para os infractores) o que gera um constante congestionamento de peões; a outra lembrança deriva da constante insatisfação da população que raramente sorri, estando sempre distante e focada no trabalho, tal como na maioria dos grandes centros financeiros deste mundo.
Com o desaparecimento do Sol, tudo muda, com os bares a serem invadidos por afáveis expatriados e endinheirados turistas que procuram descontracção e relaxamento, ao som de um jazz e na companhia de saborosos cocktails. Fugindo ao "backpackerismo", que quase não existe por estas bandas, conheci casas (adoro esta palavra) onde o requinte e civismo imperavam, apesar do excesso de gente e álcool.
Foram dias fantásticos, apesar de dispendiosos, onde não faltaram o tradicional Singapura Sling, um desconcertante "night safari", a deslumbrante vista do último andar do Swiss Hotel e a extravagância de um jantar num restaurante nepalês.
Um grande abraço de obrigado ao anfitrião, Pipo Lencastre.