A excentricidade de Hong Kong
Na manha seguinte apanhei o autocarro para a cidade de Hong Kong, que tinha grande curiosidade em conhecer devido aos constantes elogios escutados.
A entrada na regiao foi assustadoramente positiva, pois no meio de uma vegetacao selvagem, surgem milhares de predios, com alturas abismais, sobrepondo-se uns sobre os outros.
Sendo a cidade mais cara por onde passarei nesta viagem, nao tenho opcao senao pagar quatro vezes mais do que estou acostumado por uma cama de 0.70m por 1.70m, num quarto de bonecas com mais 6 desgracados. A grande vantagem e que estava na Nathan Road, ou seja, no coracao da cidade.
Tentando entender esta cidade "britanica" (os autocarros de 2 andares, o guiar-se pela direita e o proprio idioma estao bem presentes) concluo que e uma pequena Londres na Asia, ou nao tivesse uma fauna urbana que vai dos tipicos indianos alfaiates vendedores de rollexes e drogas; aos executivos franceses e nordicos; terminando em alguns angolanos e brasileiros que nao sei o que la faziam.
De certa forma, esta visita foi como uma fuga a loucura e provincianismo chines.
Nos tres dias que por ela me aventurei, destaco tres lugares, que penso serem de particular interesse. Primeiro uma ida a ilha de Lantau para se observar o seu enorme buda e monastary, que apesar de nao serem fabulosos, tem uma espiritualidade tocante e pelo caminho pude ver praia, algo bem novo para mim. Segundo, o electrizante mercado de Temple Street onde se pode comprar tudo e mais alguma coisa de borla, quase perdi a cabeca, mas como nao ha espaco na mochila, mantive a sensatez. Terceiro, uma visita ao estranho museu de arte, que para alem dos classicos exemplos de pottery, quadros, estatuas, etc tinha uma seccao dedicada ao design (genero a Experimenta Design ai em Portugal) onde pude ler um pequeno livro de contos chineses futurista e uma exposicao que nao sei descrever, mas que tenho esperanca que voces, pelas fotografias a decifrem.
Para matar saudades fui beber umas Kilkenny a um Irish; comi maioritariamente indiano, provavelmente devido a enorme oferta; percorri as maiores escadas rolantes do mundo; disfrutei de vistas fantasticas em Victorias Peak; quase me iniciei na arte do Taichi, mas a aula era demasiado cedo; e tudo isto, supostamente na China.
Termino com um conselho para quem estiver a pensar visitar esta pate do Globo, que escolha como local de saida, SEMPRE, esta personalizada cidade onde um armario novo e os ultimos gritos tecnologicos sao-nos oferecidos ao preco da chuva.
5 Comments:
Deve ser o último post que faço de Portugal... o próximo será já em bankok... desde já muitos parabéns pelo excelente relato que tens vido a fazer...sinceramente, consegues cativar e demonstrar com enorme realidade o que se passa nesse mundo...
abraço e até Hanoi
Oiii!Tou a adorar o teu blog...é como ler um livro. As descricoes estao tao bem feitas que acho que já nem é preciso irmos aí!!! Muitos Beijinhos e Diverte-te por esse mundo!
claro que é preciso ir!!
So faltou dizeres que agora percebes porque é que o teu tio ADORA Hong Kong. Aguardo impacientemente os teus comentarios de Macau e desse bocadinho de Portugal nesse imenso pais Continente.
Grande Lorena,
Desde o inicio que tenho acompanhado o teu blog, e tal como a olazabal diz concordo que não podia estar melhor.
É mel dar uma leitura sempre que possivel a meio de um dia de trabalho e "conhecer" lugares que estão tão longe.
Continua ai a curtir essa tua aventura e não deixes de nos pores a par dela.
Grande abraço
Collaço
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